segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Meditação ao Evangelho segundo S. Lucas 9,46-50.

Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior.
Conhecendo Jesus os seus pensamentos, tomou um menino, colocou-o junto de si e disse-lhes: «Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe, e quem me acolher a mim, acolhe aquele que me enviou; pois quem for o mais pequeno entre vós, esse é que é grande.»
João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu nome e impedimo-lo, porque ele não te segue juntamente connosco.»
Jesus disse-lhe: «Não o impeçais, pois quem não é contra vós é por vós.»




Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Declaração sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs «Nostra Aetate», § 5

«Impedimo-lo, porque ele não Te segue juntamente connosco.»

Não podemos invocar Deus como Pai comum de todos se nos recusamos a tratar como irmãos alguns homens, criados à sua imagem. A relação do homem a Deus Pai e a sua relação aos outros homens seus irmãos estão de tal maneira estão ligadas, que a Escritura afirma: «quem não ama, não conhece a Deus» (1Jo 4,8).

Carece, portanto, de fundamento toda a teoria ou modo de proceder que introduza entre homem e homem ou entre povo e povo qualquer discriminação quanto à dignidade humana e aos direitos que dela derivam.

A Igreja reprova, por isso, como contrária ao espírito de Cristo, toda e qualquer discriminação ou violência praticada por motivos de raça ou cor, condição ou religião. Consequentemente, o sagrado Concílio, seguindo os exemplos dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, pede ardentemente aos cristãos que, «observando uma boa conduta no meio dos homens» (1Ped 2,12), se possível, tenham paz com todos os homens (Rom 12,18), quanto deles depende, de modo que sejam na verdade filhos do Pai que está nos céus (Mt 5,45).

Meditação:
         Irmãos, hoje como naquele dia continuamos a discutir entre nós sobre qual é o maior, o melhor, o que tem melhores ideias, o que segue mais, o que ora mais, porquê? Porquê continuamos a desdenhar o vizinho? Sabemos que somos maiores juntos, várias cabeças pensam melhor que uma, a oração em conjunto tem muito mais poder, mesmos quando temos problemas, não tenhamos vergonha de incomodar o nosso irmão, ele nos acolherá e nos ajudará.
         A palavra de Deus deve ser sempre lida e meditada, devemos meditada e usa-la para nos fazer melhores Cristãos, melhores Homens, Mais Humanos….

         Não pude deixar de apreciar a repreensão que Cristo fez a João: Não o impeçais, pois quem não é contra vós é por vós.» 

Um abraço,
A. Alberto Sousa

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Meditação ao Evangelho segundo S. Lucas 9,18-22


Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?»
Responderam-lhe: «João Baptista; outros, Elias; outros, um dos antigos profetas ressuscitado.»
Disse-lhes Ele: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.»
Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse;
e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos-sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



São João Crisóstomo
«Proibiu-lhes formalmente de dizerem fosse a quem fosse Ele era o Messias de Deus»
«Proibiu-lhes formalmente de dizerem fosse a quem fosse que Ele era o Messias de Deus.» Porquê esta ordem? Para que, uma vez afastado todo e qualquer motivo de escândalo, consumadas a cruz e a Paixão, eliminado todo e qualquer obstáculo capaz de afastar a multidão da crença nele, o conhecimento exato daquilo que Ele era pudesse gravar-se profundamente e para sempre nos corações. O seu poder ainda não tinha brilhado de forma deslumbrante. Ele esperava que a evidência da verdade e a autoridade dos factos confirmasse o seu testemunho, para que depois os apóstolos pregassem sobre Ele.
Pois uma coisa era vê-Lo multiplicar prodígios na Palestina e seguidamente ser alvo de perseguições e ultrajes — e a cruz seguir-se-ia a estes prodígios; outra coisa era vê-Lo ser adorado, acreditado em toda a terra, salvo dos maus tratos que outrora tinha sofrido. Por isso lhes recomendou que nada dissessem a ninguém. […] Se os apóstolos, que tinham sido testemunhas dos milagres e que tinham participado em tantos mistérios inexprimíveis, tinham dificuldade em aceitar uma única palavra a respeito da Paixão ─ incluindo o próprio Pedro, que era chefe de todos (cf Mt 16,22) ─, o que teria pensado o comum dos mortais? Depois de ter ouvido dizer que Jesus era o Filho de Deus, que pensariam eles ao vê-Lo sujo de escarros e pregado à cruz? E isto antes da vinda do Espírito Santo, quando ainda não se conhecia a razão destes mistérios?

Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 54, 1-3 
 Meditação:
                Irmãos, no evangelho de hoje existe uma pergunta que nos faz pensar «E vós, quem dizeis que Eu sou?», nós quem dizemos que Ele é? Quem andamos anunciar? Quem é o Cristo que amamos e seguimos?

         Não é de tão fácil e pronta resposta, como Pedro o anunciou: «O Messias de Deus.», para isso teremos que verdadeiramente o Amar, o conhecer, o seguir, a cada hora do nosso dia. E confiar na plenitude da Fé que nele depositamos…

Um abraço,
A. Alberto Sousa

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Meditação ao Evangelho segundo S. Lucas 9,7-9.


Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus fazia e andava perplexo, pois alguns diziam que João ressuscitara dos mortos; outros,
que Elias aparecera, e outros, que um dos antigos profetas ressuscitara.
Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar, mas quem é este de quem oiço dizer semelhantes coisas?» E procurava vê-lo. 




Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Catecismo da Igreja Católica
Herodes Antipas procurava ver Jesus

Criado à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, o homem que procura Deus descobre certos «caminhos» de acesso ao conhecimento de Deus. Também se lhes chama «provas da existência de Deus» – não no sentido das provas que as ciências naturais indagam, mas no de «argumentos convergentes e convincentes» que permitem chegar a verdadeiras certezas. Estes «caminhos» para atingir Deus têm como ponto de partida criação: o mundo material e a pessoa humana.
O mundo: A partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode chegar-se ao conhecimento de Deus como origem e fim do universo. São Paulo afirma a respeito dos pagãos: «O que se pode conhecer de Deus é manifesto para eles, porque Deus lho manifestou. Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu poder eterno e a sua divindade tornaram-se, pelas suas obras, visíveis à inteligência» (Rom 1,19-20). […]
O homem: Com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e de felicidade, o homem interroga-se sobre a existência de Deus. Nestas aberturas, detecta sinais da sua alma espiritual; […] a sua alma só em Deus pode ter origem. O mundo e o homem atestam que não têm em si mesmos, nem o seu primeiro princípio, nem o seu fim último, mas que participam do Ser-em-si, sem princípio nem fim. Assim, por estes diversos «caminhos», o homem pode ter acesso ao conhecimento da existência duma realidade que é a causa primeira e o fim último de tudo, «e a que todos chamam Deus» (São Tomás de Aquino).
As faculdades do homem tornam-no capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-Se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação. Todavia, as provas da existência de Deus podem dispor para a fé e ajudar a perceber que a fé não se opõe à razão humana. 

Meditação:

                Irmãos, também nós o procurávamos, também nós buscávamos a felicidade de o conhecermos, ouvíamos falar dele, da sua vivência, de suas obras, de sua palavra, na catequese, na missa, mas ainda não o conhecíamos, ainda não nos tínhamos encontrado com ele. E agora que o conhecemos, que nos encontramos com ele e em que ele vive em nós?

Temos permitido e potenciado esse maravilhoso encontro a outros irmãos? Temos vivido segundo seus padrões e sabido interpretar os seus pedidos, através do próximo que se abeira do nosso caminho.  Ou seremos como o povo, ao domingo sou cristão, mas hoje não?

         Sabemos que seguir o caminho que Cristo nos indica não é fácil, é uma estrada sinuosa, com muitos desvios (bem pavimentados e iluminados), e com muitos buracos, quase sempre sem iluminação, mas foi-nos dado um mapa, e uma bússola, para que quando estivermos perdidos, possamos regressar a ela. Esse mapa é o evangelho, essa bússola e o sacramento da reconciliação.

         Agora neste nosso eterno 4º dia em que o conhecemos verdadeiramente, temos falado com ele? Temos orado convenientemente? Temos sabido viver na sua Paz? No seu Amor? Temos levado a sua Presença a todos os ambientes em que estamos inseridos? No lar, no trabalho, no lazer, nas férias e na igreja?
Um abraço,
A. Alberto Sousa

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ultreia Vila Franca de Xira


Querido Irmão/Irmã em CRISTO,
Este pequeno texto é para te convidar a estar presente dia 27-09-2013 ( próxima 6ªfeira ), em V.Franca de Xira nas instalações do Secretariado pelas 21:30, onde se vai realizar uma Ultreia.
( O Secretariado é no Lg Conde Ferreira, onde está a Igreja matriz de V F Xira )

Largo Conde Ferreira, Vila Franca de Xira

Contamos com a tua presença ,e CRISTO CONTA CONTIGO!
Passa palavra!

Meditação ao Evangelho segundo S. Lucas 8,19-21.


Naquele tempo, vieram ter com Jesus sua mãe e seus irmãos, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão.
Anunciaram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.»
Mas Ele respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.» 

Palavra da salvação.





Compreender a palavra:
Não são os laços do sangue os que mais contam, vistas as coisas com olhos espirituais. Por isso, a este propósito, escreve S. Ambrósio: «Os laços das almas são mais sagrados que os dos corpos”. E a respeito de Nossa Senhora diz S. Leão que Ela concebeu o Filho no seu espírito antes de O conceber em seu ventre. É a Palavra de Deus que está sempre na origem da relação entre o homem e Deus.

Meditação:
Irmãos, a leitura de hoje pode nos levar por vários caminhos, por pensamentos errantes do que S. Lucas nos verdadeiramente nos queria transmitir: «Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.» numa interpretação mundana, pode significar, vamos testa-lo, veremos se nos abandona pela família, pelos amigos, se se desvia do caminho da evangelização, se existe “favorecimento”. De uma outra forma também podemos ver que não está só, que sua família de sangue também o segue, também crê na boa nova que ele vem anunciar.

Na segunda parte do evangelho em que ele responde: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.» Ele chama-nos a sua família, nos considera como irmãos, basta segui-lo, nos ensinamentos, na vida, nas ações. Não basta dizer eu acredito, eu tenho Fé, e imperativo que as nossas ações reflitam Cristo vivo em nós, que nos reconheçam como cristãos, pela nossa forma de ser, de agir.  

Acrescento ainda, família somos todos nós igreja, não devemos abandonar uns pelos outros, devemos sempre cuidar de nossos irmãos, e como qualquer família devemos faze-la crescer e prosperar, na Graça e na alegria Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Um abraço,

A.Alberto Sousa

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Meditação ao Evangelho de S. Lucas 8, 16-18

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. 
Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz.
Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.» 



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre os Actos dos Apóstolos, nº 20, 3-4; PG 60, 162


«Coloca-a no candelabro»


Não há nada mais insensível do que um cristão que não se aplica em salvar os outros. Não podes argumentar sobre isto com o pretexto da pobreza: a viúva que deu as suas duas moedinhas levantar-se-ia para te acusar (Lc 21,2). Pedro também, pois dizia: «Não tenho ouro nem prata» (Act 3,6). Assim como Paulo, que era tão pobre que frequentemente passava fome e carecia de bens necessários (1Cor 4,11). Também não podes objectar com o teu nascimento humilde: também eles eram de modesta condição. A ignorância não te será melhor desculpa: também eles eram iletrados […]. Não invoques igualmente a doença: Timóteo era dado a frequentes indisposições (1Tim 5,23) […]. Qualquer um pode ser útil ao seu próximo se quiser fazer aquilo que lhe for possível. […]



Não digas que te é impossível reconduzir os outros ao bom caminho porque, se és cristão, é impossível que tal não se faça. Cada árvore carrega o seu fruto (Mt 7,17s) e, como não há contradição na natureza, o que dizemos é igualmente verdade, porque tal deriva da própria natureza do cristão. […] É mais fácil a luz ser trevas do que o cristão não brilhar.

Meditação:

Irmãos, nem sempre me é possível partilhar convosco cara a cara, olhos nos olhos, a presença da luz, do brilho que cada cristão emana, bem como não é possível chamar todas as luzes que andam tapadas e escondidas, mas onde menos esperamos somos surpreendidos, devemos pois manter a união em torno da luz.
                É nosso dever e obrigação chamar à luz todas as candeias fracas, envergonhadas, quase apagadas, que muitas vezes andam perdidas rodeadas de trevas.


                A última frase do evangelho de hoje de S. Lucas «Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.»  poderá numa primeira leitura ser um pouco perversa e até suscitar inquietação, mas se for dita de outra forma poderá ser completamente intendida, “Aquele que tem Fé será reforçada, aquele que não a tem ou a pouca que tem pode ser perdida.” Cabe-nos então chamar e cuidar principalmente dos que tem pouca ou nenhuma Fé. Para que possam ser chamados à Luz. Pois os que tem Fé ela será sempre reforça pela oração, estudo e ação, mas mesmo esses temos que cuidar, apoiar, basicamente sermos IGREJA. Não podemos deixar que uma só ovelha se tresmalhe…

Um abraço,
A. Alberto Sousa

sábado, 21 de setembro de 2013

Evangelho segundo S. Mateus 9,9-13.

Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me!» E ele levantou se e seguiu Jesus. 
Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus discípulos.
Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Porque é que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?»
Jesus ouviu-os e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»



Compreender a Palavra:
«Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: “Segue-Me!”» Viu-o, não tanto com os olhos do corpo, como com o seu olhar interior, cheio de misericórdia. Jesus viu um publicano e compadeceu-Se dele; escolheu-o e disse-lhe: «Segue-Me», isto é, imita-Me. Disse para O seguir, não tanto com os passos, como no modo de viver. Porque «quem diz que permanece em Cristo deve também proceder como Ele procedeu» (1Jo 2,6).

Mateus levantou-se e seguiu-O. Não devemos admirar-nos de que o publicano, ao primeiro chamamento do Senhor, abandonasse os negócios terrenos em que estava ocupado e, renunciando aos seus bens, seguisse Aquele que via totalmente desprovido de riquezas. É que o Senhor chamava-o exteriormente com a sua palavra, mas iluminava-o de um modo interior e invisível para que O seguisse, infundindo na sua mente a luz da graça espiritual, para que pudesse compreender que Aquele que na terra o afastava dos negócios temporais lhe podia dar no céu tesouros incorruptíveis (cf Mt 6,20).

«Encontrando-Se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus discípulos.» A conversão de um publicano deu a muitos publicanos e pecadores um exemplo de penitência e de perdão. Foi, na verdade, um belo e feliz precedente: aquele que havia de ser apóstolo e doutor das gentes atraiu consigo ao caminho da salvação, logo no primeiro momento da sua conversão, um numeroso grupo de pecadores.

Meditação:
Jesus Cristo também me tem chamado, dia a pós dia, mas eu embrenhado nos meus problemas, do trabalho, da vida, do matrimónio não o tenho sabido ouvir convenientemente.
Porquê?

Descobri essa resposta há muito pouco tempo, porque não o amava verdadeiramente, porque não me entregava verdadeiramente ao seu amor, ao seu perdão, porque não me perdoava a mim mesmo, assim também eu não o poderia ouvir…

Como diz Stº Agostinho, “ Ainda sem descobrir o Amor de Cristo para comigo, também eu fui mundano, e sem capacidade de Amar ou perdoar.”

Mas agora que O ouvi, jamais me afastarei do seu amor, do seu perdão, da sua compaixão, agora que O ouvi quero operar essa transformação em mim, e segui-lO. Agora que o amo, melhor posso amar a minha esposa, o meu filho, os meus amigos, os necessitados, o meu próximo… 

Agora que compreendi o seu chamamento melhor posso seguir o projeto do nosso 4º dia. Agora que o ouvi finalmente compreendi o nosso Tripé, Estudo para o compreender e interiorizar seu chamado, Piedade para poder falar e ouvi-lo, conversando diariamente com ele, Ação seguindo em cada gesto, cada atitude, cada palavra o o que interiormente o estudo a piedade e o Amor de Cristo opera na nossa vida…

Ouçam-no, ouçam-no a chamar o vosso nome, ele chama cada um de nós individualmente…
Um abraço:

                A.  Alberto Sousa

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Evangelho segundo S. Lucas 7,31-35.


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem, pois, compararei os homens desta geração? A quem são semelhantes?
Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo: 'Tocámos flauta para vós, e não dançastes! Entoámos lamentações, e não chorastes!'
Veio João Baptista, que não come pão nem bebe vinho, e dizeis: 'Está possesso do demónio!'
Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: 'Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!'
Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.» 


Meditação:
«Tocámos flauta e não dançastes, entoámos cânticos de luto e não chorastes»

Com uma pequena parábola, Jesus censura a contradição dos que O não escutam, porque se julgam sempre com razões para se furtarem a escutar a palavra de Deus. As razões mais fúteis são sempre suficientes para pessoas fúteis, e acabam por denotar infantilidade de espírito.

Irmãos, quão atual está o Evangelho, fala-nos a nossa geração de Homens, na medida em que se vai assobiando para o lado, arranjando desculpas, deturpando os sinais do tempo e as próprias escrituras…

E nós, porque não assumimos de vez os nossos erros, porque não falamos abertamente ao nosso próximo em seu Nome, porque abdicamos da nossa missão evangelizadora? Por medo, receio, vergonha talvez? Ou porque nos sentimos abalados na Fé que professamos, nestes tempos conturbados?


Não posso também de deixar de refletir na I leitura de hoje que transcrevo:

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo
Caríssimo: Escrevo-te estas coisas na esperança de ir ter contigo muito em breve. Mas se eu tardar, já sabes como deves proceder na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade. É realmente grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, justificado pelo Espírito, contemplado pelos Anjos, anunciado entre os gentios, acreditado no mundo, exaltado na glória.
Palavra do Senhor

Paulo mais uma vez no chama a Piadade, vivemos este mês riquíssimas vivencias de verdadeira piadade Cristã, nas orações pela nossa Irmã Maria do Carmo, ou mais recentemente no apelo do Papa Francisco na vigília de Oração pela Paz na Síria,  e mesmo assim ainda duvidam do poder da Oração, da verdadeira Piadade?

Percamos então um pouco do nosso tempo diário para orar, para falar com Cristo, com seu Pai, com sua Mãe… Mesmo não nos podendo deslocar a um templo de oração, recolhamo-nos no silêncio do nosso interior e falemos com Ele, Ele nos escutara…

Um abraço: 
A. Alberto Sousa

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Evangelho segundo S. Lucas 7,11-17.


Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. 
Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. 
Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» 
Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» 
O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe. 
O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» 
E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região. 




Meditação:
«Jovem, Eu te digo: levanta-te»

Jesus ressuscita um morto, como, no Antigo Testamento, o tinham feito Elias e Eliseu. Assim, Jesus Se manifesta grande profeta, como a multidão acaba por reconhecer. Na sua pessoa, Deus está presente no meio do seu povo, numa visita de salvação e, nesta ressurreição, Jesus adianta um sinal da sua futura ressurreição.

Nos nossos dias, Jesus continua a ouvir-nos e a compadecer-se de nós que pedimos pelos que estão mortos para a religião, e por quantos temos pedido Irmãos, a muitos tem ressuscitado e devolvido ao convívio de seu pai, seguindo os seus caminhos.

E nós, temos também sabido ouvir as suas ordens? Temos sabido “levantarmo-nos”, conforme ele nos ordena? Nestes dias de tribulação pessoal, muito tenho meditado no seu apelo, de oração e de seguir os seus caminhos, transpondo veredas quase intransponíveis. Muito tenho orado, “falado” com Ele e seu Pai, muito maior sacrifício foi o dele, muito maior foi o seu sacrifício por “mim”.

Saibamos pedir incessantemente pelos que estão mortos para Deus, Pelos que têm seu coração enegrecido pelo pecado e pelo afastamento.

Um abraço,
A Alberto Sousa

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Meditando o Evangelho



Carta aos Colossenses 2,6-15.

Irmãos: Do mesmo modo que recebestes Cristo Jesus, o Senhor, continuai a caminhar nele:
enraizados e edificados nele, firmes na fé, tal como fostes instruídos, transbordando em acção de graças.
Olhai que não haja ninguém a enredar-vos com a filosofia, o que é vazio e enganador, fundado na tradição humana ou nos elementos do mundo, e não em Cristo.
Porque é nele que habita realmente toda a plenitude da divindade,
e nele vós estais repletos de tudo, Ele que é a cabeça de todo o Poder e Autoridade.
Foi nele que fostes circuncidados com uma circuncisão que não é feita por mão humana: fostes despojados do corpo carnal, pela circuncisão de Cristo.
Sepultados com Ele no Baptismo, foi também com Ele que fostes ressuscitados, pela fé que tendes no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos.
A vós, que estáveis mortos pelas vossas faltas e pela incircuncisão da vossa carne, Deus deu-vos a vida juntamente com Ele: perdoou-nos todas as nossas faltas,
anulou o documento que, com os seus decretos, era contra nós; aboliu-o inteiramente, e cravou-o na cruz.
Depois de ter despojado os Poderes e as Autoridades, expô-los publicamente em espectáculo, e celebrou o triunfo que na cruz obtivera sobre eles. 

Evangelho segundo S. Lucas 6,12-19.

Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus.
Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos:
Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu;
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote;
Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon,
que acorrera para o ouvir e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados por espíritos malignos ficavam curados;
e toda a multidão procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma força que a todos curava. 
Meditação:

Após a leitura destes sagrados textos não pude deixar de reflectir nas palavras que me eram dirigidas e que agora partilho convosco, na 1ª leitura o Apostolo Paulo exulta-nos a continuar o nosso 4º dia agora que verdadeiramente conhecemos a Cristo, professamos a sua Fé e ensinamentos, foi por ele que fomos libertados do pecado carnal(original), pela circuncisão carnal e pelo baptismo. Estamos pois comprometidos com ele, pelo perdão das nossas faltas.
No evangelho Jesus orou durante toda a noite ao Pai, conversou e aconselhou-se com Ele, em local isolado, no silencio da noite. quantas vezes o fazemos? Quantas vezes oramos e falamos verdadeiramente com ele? No silencio da nossa consciência, sem pedidos sem lamentos, quantas vezes deveríamos parar e falar verdadeiramente com ele, e escuta-Lo. Na Manhã seguinte chama doze entre os discípulos, chama-os pelo nome, conhece-os, se destacam de entre os outros, pelas acções, pelo crer, pelo segui-lo despojadamente sem O questionarem. E nos? Seremos apenas alguém na multidão? Foi essa a promessa que lhe fizemos?
Devemos reflectir sobre isto, falando com o Pai....

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Chamada a presença do Pai!

Não nos é fácil aceitar, quando o Pai Chama alguém tão querido e com tanto para oferecer em seu nome, a esta comunidade. 

Mas provavelmente Deus na sua infinita misericordiosa a quis poupar a mais sofrimento terreno, principalmente depois de ainda em vida e já hospitalizada, ter conseguido unir uma comunidade inteira em oração por ela. 

Só alguém cheio do Amor de Deus poderia realizar algo assim, Trazer tantos jovem ao encontro de Cristo, seguindo-O, conhecendo-O. Só alguém com o espírito maternal de dádiva poderia levar estes jovem ao encontro de nossa Mãe no Fátima Jovem 2013, já em profundo sofrimento. 

Devemos agora no Amor fraternal de Cristo que nos envolve perpetuar a Herança que ela nos deixou, Levantar a cabeça e seguir em frente, levando em nossos corações o seu amor e ensinamentos.

Obrigado Kakita.

A. Alberto Sousa

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Se duvidas existissem?



Caríssimos irmãos,

É com emoção que escrevo estas palavras, se duvidas existissem do trabalho de Cristo Nosso Senhor foram agora dissipadas, de dúvidas existissem sobre o poder da oração ficaram dissipadas.
Após o magnífico momento criado ontem na Igreja de S. Bartolomeu da Castanheira do Ribatejo, de oração e Intendência, de dialogo ou mera meditação, unidos em torno de um pedido, de uma pessoa, por Ti Kakita. Deus, Seu Filho e sua Mãe ouviram-nos.

Não devemos ficar contentes com apenas esta vitória, devemos continuar unidos, no agradecimento, no reforço do pedido. “ Tudo o que por mim ao Pai pedires vos será concedido”. Peçamos então por ela, por todos, e acima de tudo cantemos cânticos de Louvor a Deus Pai, Deus Filho, Deus Espirito Santo e a Mãe das Mães…

Que Deus nos acompanhe e nos escute neste cântico de louvor…

O que com Fé me pedirem, vós será concedido!


Evangelho segundo S. Lucas 4,38-44.

Naquele tempo, deixando a sinagoga, Jesus entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com muita febre, e intercederam junto dele em seu favor.
Inclinando-se sobre ela, ordenou à febre e esta deixou-a; ela erguendo-se, começou imediatamente a servi-los.
Ao pôr-do-sol, todos quantos tinham doentes, com diversas enfermidades, levavam-lhos; e Ele, impondo as mãos a cada um deles, curava-os.
Também de muitos saíam demónios, que gritavam e diziam: «Tu és o Filho de Deus!» Mas Ele repreendia-os e não os deixava falar, porque sabiam que Ele era o Messias.
Ao romper do dia, saiu e retirou-se para um lugar solitário. As multidões procuravam-no e, ao chegarem junto dele, tentavam retê-lo, para que não se afastasse delas.
Mas Ele disse-lhes: «Tenho de anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.»
E pregava nas sinagogas da Judeia. 


Meditação:

Naquele tempo vemos Jesus a curar a sogra de Simão e todos quantos foram a sua presença, naquele tempo como hoje Jesus tem o puder de curar todos quantos na fé lhe pedem a sua interceção, sejam pelos males do corpo, sejam os males espirituais. Tambem Jesus se recolhia para orar, para dialogar com o pai, e como isso nos faz falta nos dias atribulados e conturbados que hoje vivemos.

Seguindo o seu conselho também hoje como ontem nos devemos retirar, para orar em comunidade pela nossa Irmã Kakita, bem como dialogar com Deus, com o seu Filho, pedir a intervenção do Espirito Santo e a interceção da Mãe das mães. Tudo o que com Fé pedireis por mim ao Pai vos será concedido.
Mas não esqueçamos de que ele nos pede, não nos podemos lembrar dele apenas nos momentos de aflição, Devemos anuncia-lo e dar testemunho permanente dele ao outros, pelas nossas palavras, pelas nossas ações. Devemos usar o seu lema «Tenho de anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.»

Aproveitemos todo o tempo que temos disponível para falar com ele, para orar, para pedir pela nossa Irmã e por todos os nossos irmãos que sofrem, e por suas famílias, também elas necessitadas do nosso apoio, também elas em sofrimento.

Vivamos em Intendência permanente.



A. Alberto Sousa

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