Naquele tempo, aglomerava-se uma grande
multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração
perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de
Jonas.
Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o
Filho do Homem para esta geração.
A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta
geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a
sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão! Os ninivitas
hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de
condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui
está quem é maior do que Jonas.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org
São Justino
O sinal de Jonas
O Filho sabia que o Pai, segundo o seu
desejo, Lhe daria tudo, que O ressuscitaria de entre os mortos, e exortou todos
os que temem a Deus a louvá-Lo por ter tido compaixão pela raça de homens
crentes graças ao mistério do Crucificado (cf Sl 21,24). Para além disso,
esteve entre os seus irmãos apóstolos após a sua ressurreição de entre os
mortos […], e eles arrependeram-se por se terem afastado dele durante a
crucifixão […].
Ele devia ressuscitar ao terceiro dia após a crucifixão; eis porque está
escrito nas Memórias dos apóstolos [os evangelhos] que os judeus que com Ele
conversavam disseram: «Mostra-nos um sinal.» Ele respondeu-lhes: «O único sinal
que vos será dado é o de Jonas.» Com tais palavras veladas, podiam os auditores
compreender que após a crucifixão, ao terceiro dia, Ele ressuscitaria.
Mostrava-lhes assim que havia mais maldade nos seus compatriotas que na cidade
de Nínive; porque quando, sendo lançado ao terceiro dia para fora do ventre do
grande peixe, Jonas anunciou aos ninivitas que após três dias pereceriam em
massa (3,4 LXX), estes proclamaram jejum a todos os seres vivos, homens e
animais, com vestes de luto, com violentos lamentos, verdadeira penitência e a
renúncia à injustiça. Eles acreditaram que Deus é misericordioso, que é «um
espírito benevolente» (Sb 1,6), para todos aqueles que fogem do mal. De tal
forma que, desde o momento em que o rei desta cidade em pessoa e os homens
importantes passaram também a envergar vestes de luto e perseveraram no jejum e
na oração, a cidade não foi destruída.
Ora, como Jonas ficou triste com isto […], Deus repreendeu-o por se ter
injustamente desencorajado com o facto de a grande cidade de Nínive não ter
sido ainda destruída. E disse […]: «E não hei-de Eu compadecer-me da grande
cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem
distinguir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda?» (4,11).
Diálogo com Trifão, 106-107
Meditação:
Irmãos, como a multidão
daquele tempo também esta geração vos tem pedido, exigido um sinal, sem a
tomada de consciência de que esse sinal já nos foi dado, na Paixão e ressurreição
de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Felizes os que acreditam sem terem visto” disse
Jesus a Tomé, e nós que acreditamos, já perdemos o medo? De dar o testemunho
vivo e crente de que Cristo vive em nós? Temos sabido levar essa Boa Nova, esse
sinal a todos os Homens, em todos os ambientes?
Muitas vezes recebemos
sinais contraditórios inclusive de nossos irmãos, que seguem a tradicional sabedoria
popular, “Olhai para o que eu digo e não para o que faço”, não será nossa
obrigação católica chama-los a razão advertindo-os em vez de abandona-los
assobiando para o lado?
Sei que grande parte de
estas meditações infelizmente não têm eco, que não ressoam, nem obtêm resposta,
mas as encaro como uma oração, uma prece, uma pequena conversa com o Pai, com o
Filho, pedido a intervenção do seu Amor a operar em mim. E quanto eu necessito
do seu amor, da sua confiança, para que possa caminhar firme na senda de seus
caminhos guiado pela Fé.
Irmãos, ontem o nosso
Santo Padre consagrou o Mundo a Nossa Senhora, quantos se lembraram de orar, de
o acompanhar nesse ato, posso confiar-vos uma confissão também eu não me
lembrei, foi lembrado por um irmão. Mas respondi ao chamado, com um enorme sacrifício
pessoal, que a Ela foi dedicado, sacrifício esse que ainda se mantém.
Peço-vos oração, por todos
os que andam afastados de Deus, por todos quantos estão espiritualmente
doentes, para que o Espirito Santo os possa reintroduzir e guiar nos caminhos
da Salvação.
Um abraço,
A. Alberto Sousa