Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de
vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as plantas
e descurais a justiça e o amor de Deus! Estas eram as coisas que devíeis praticar,
sem omitir aquelas.
Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e de ser
cumprimentados nas praças!
Ai de vós, porque sois como os túmulos, que não se vêem e sobre os quais as pessoas passam sem se aperceberem!»
Um doutor da Lei tomou a palavra e disse-lhe: «Mestre, falando assim, também nos insultas a nós.»
Mas Ele respondeu: «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses fardos!
Ai de vós, porque sois como os túmulos, que não se vêem e sobre os quais as pessoas passam sem se aperceberem!»
Um doutor da Lei tomou a palavra e disse-lhe: «Mestre, falando assim, também nos insultas a nós.»
Mas Ele respondeu: «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses fardos!
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Ceremonies of the Church»
A tradição e a vontade de Deus
Pouco importa como aprendemos a
conhecer a vontade de Deus – seja através da Escritura, seja através da
tradição apostólica, ou daquilo a que São Paulo chama a «natureza» (cf Rom
1,20) –, desde que estejamos certos de que essa é mesmo a sua vontade. Na
realidade, Deus revela-nos o conteúdo da fé por inspiração, porque a fé é de
ordem sobrenatural; mas revela-nos as questões práticas do dever moral pela
nossa própria consciência e pela razão divinamente guiada.
As questões puramente formais, revela-no-las através da tradição da Igreja, pelo costume que nos leva a pô-las em prática, embora o costume não venha na Escritura; isto para responder à questão que podemos colocar a nós próprios: «Para que havemos de observar ritos e formas que a Escritura não prescreve?» A Escritura transmite-nos aquilo em que é necessário acreditar, aquilo para que devemos tender, o que devemos manter. Mas não estabelece a forma concreta de o fazer. Uma vez que não podemos praticar isso senão desta ou daquela forma precisa, somos forçados a acrescentar alguma coisa àquilo que nos diz a Escritura. Por exemplo, ela recomenda-nos que nos reunamos para a oração e associa a sua eficácia […] à união dos corações. Mas, como não indica nem o momento nem o local da oração, a Igreja tem que completar o que a Escritura se contentou em prescrever de forma genérica. […]
Podemos dizer que a Bíblia nos dá o espírito da nossa religião, e que a Igreja tem de organizar o corpo em que o espírito incarna. […] A religião não existe de forma abstracta. […] As pessoas que tentam adorar a Deus duma forma (dizem elas) «puramente espiritual» acabam por, de facto, não O adorar de todo. […] Portanto, a Escritura dá-nos o espírito e a Igreja o corpo da nossa devoção. E, assim como não podemos ver o espírito dum homem sem ser por intermédio do seu corpo, assim também não podemos compreender o objeto da nossa fé sem a sua forma exterior.
As questões puramente formais, revela-no-las através da tradição da Igreja, pelo costume que nos leva a pô-las em prática, embora o costume não venha na Escritura; isto para responder à questão que podemos colocar a nós próprios: «Para que havemos de observar ritos e formas que a Escritura não prescreve?» A Escritura transmite-nos aquilo em que é necessário acreditar, aquilo para que devemos tender, o que devemos manter. Mas não estabelece a forma concreta de o fazer. Uma vez que não podemos praticar isso senão desta ou daquela forma precisa, somos forçados a acrescentar alguma coisa àquilo que nos diz a Escritura. Por exemplo, ela recomenda-nos que nos reunamos para a oração e associa a sua eficácia […] à união dos corações. Mas, como não indica nem o momento nem o local da oração, a Igreja tem que completar o que a Escritura se contentou em prescrever de forma genérica. […]
Podemos dizer que a Bíblia nos dá o espírito da nossa religião, e que a Igreja tem de organizar o corpo em que o espírito incarna. […] A religião não existe de forma abstracta. […] As pessoas que tentam adorar a Deus duma forma (dizem elas) «puramente espiritual» acabam por, de facto, não O adorar de todo. […] Portanto, a Escritura dá-nos o espírito e a Igreja o corpo da nossa devoção. E, assim como não podemos ver o espírito dum homem sem ser por intermédio do seu corpo, assim também não podemos compreender o objeto da nossa fé sem a sua forma exterior.
Meditação:
Irmãos, em família, como na
sociedade, há sempre alguma divergência de opiniões e de convicções. Também em
família, sabemos bem que alguns podem aceitar Jesus, aceitar seguir o Seu
Caminho, Verdade e Vida, enquanto outros Lhe são indiferentes ou não aceitam
mesmo a verdade da Pessoa de Jesus Cristo, nem vivem em conformidade com ela,
criando, assim, conflitos e divisões. Porém, é em Igreja que aprendemos a
avaliar, a saber distinguir o Bem do Mal, a identificar a Palavra de Deus como
um meio sempre atual para a nossa conversão.(excerto de um texto
publicado no site http://familia.patriarcado-lisboa.pt/index.php/recursos/familiarmente/62-deixo-vos-a-minha-paz).
No seio
da nossa família, do nosso grupo de amigos, surgem muitas vezes dúvidas, discórdias,
formas varias de entender os vários problemas que a vida se encarrega de
colocar no nosso caminho. Muitas vezes na nossa boa-fé poderemos estar a
potenciar esses problemas, por o interlocutor não o expor da melhor forma, ou
por querer outra atitude por parte dos seus pares.
Cabe-nos
então a nós crentes no Amor de Cristo, Orar e esperar pelos melhores conselhos
por parte do Divino Espírito Santo, e operar na Igreja pelo Amor e Caridade Cristã.
Um abraço,
A. Alberto Sousa.
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