Naquele tempo, enquanto Jesus falava à
multidão, uma mulher, levantando a voz no meio da multidão, disse: «Felizes as
entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!»
Ele, porém, retorquiu: «Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a
põem em prática.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão 5 do Advento do Senhor, 2-3 (trad. Breviário 4ªfeira I semana do Advento)
«Sua
mãe guardava todas estas coisas no seu coração» (Lc 2,51)
«Se alguém Me ama, guardará as minhas
palavras, meu Pai o amará e Nós viremos a ele» (Jo 14,23). Lê-se também noutro
lugar: «O que teme a Deus praticará o bem» (Sir 15,1). Mas penso que daquele
que O ama Jesus diz mais do que isso ao afirmar «guardará as minhas palavras».
E onde deverão ser guardadas? Sem dúvida alguma no coração, como diz o Profeta:
«Guardei a vossa palavra em meu coração, para não pecar contra Vós» (Sl
119,11). Como havemos nós de guardar a palavra no coração? Será suficiente
aprendê-la de cor para a ter na memória? De quem assim procede diz o Apóstolo
Paulo: «o conhecimento incha de orgulho» (1Cor 8,1) e o esquecimento depressa
apaga o que se confia à memória.
Conserva por isso a palavra de Deus como fazes com os alimentos [...], já que se trata do «pão da vida» (Jo 6,35), do verdadeiro sustento da alma. [...] Guarda também tu a palavra de Deus, porque são bem-aventurados os que a guardam (Lc 11,27). Guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo da tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e a tua alma deleitar-se-á na abundância. Não te esqueças de comer o teu pão, não suceda que desfaleça o teu coração; pelo contrário, sacia a tua alma com este manjar delicioso. E se assim guardares a palavra de Deus, certamente ela te guardará a ti. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que reedificará Jerusalém e renovará todas as coisas (Act 3,22; Jl 4,1; Ap 21,5).
Conserva por isso a palavra de Deus como fazes com os alimentos [...], já que se trata do «pão da vida» (Jo 6,35), do verdadeiro sustento da alma. [...] Guarda também tu a palavra de Deus, porque são bem-aventurados os que a guardam (Lc 11,27). Guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo da tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e a tua alma deleitar-se-á na abundância. Não te esqueças de comer o teu pão, não suceda que desfaleça o teu coração; pelo contrário, sacia a tua alma com este manjar delicioso. E se assim guardares a palavra de Deus, certamente ela te guardará a ti. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que reedificará Jerusalém e renovará todas as coisas (Act 3,22; Jl 4,1; Ap 21,5).
Meditação:
Irmãos, «Felizes,
antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.» muitas vezes o
nosso maior erro é não escutar, pois escutar não é apenas ouvir, é meditar e
interiorizar os seu ensinamentos e pô-los em pratica. Erramos, pois erramos,
somos um povo pecador, mas a reconciliação que nos foi proposta pelo seu filho,
não tem intenção primeira a mera desculpa e perdão dos nossos erros, dos nossos
pecados mas sim o arrependimento, a consciencialização do erro cometido e o prepósito
de não o repetir, absorvendo assim os seus prepósitos e ensinamentos.
Já por várias vezes dou por mim
repetindo e interiorizando uma citação, “ Não tenhas vergonha, assume-te com
Cristão”, e como é difícil, continuamos a arranjar desculpas, é o ambiente em
que trabalhamos, é o grupo de amigos, é o medo da rejeição e troça, pois vos
digo, Não tenhais vergonha, e sede apenas vós próprios. Por varias vezes neste
meu curto 4º dia me tenho surpreendido com a reação dos meus pares, seja nos
amigos, familiares ou trabalho. Muitos buscam a Deus mas não nos lugares
certos, cabe-nos a nós não ter medo, falar abertamente das maravilhas do
reencontro com Deus, da paz que irão sentir a quando da reconciliação ou
encontro com Ele.
Não é fácil ser apostolo, não é fácil transportar
em nós a sua palavra, o anuncio da Boa-Nova, e transmiti-la a quem dela precise
e busque. Não basta dizer, mas eu sou um bom cristão, vou a missa todas as semanas,
faço as minhas orações, não isso não basta. Somos cristãos todos os minutos,
todas as horas, todos os dias, com todos os que se cruzam no nosso caminho e seguimos
os seus ensinamentos.
«Felizes os que acreditam sem ter visto!»
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