quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Evangelho segundo S. Lucas 17,11-19.


Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém passava entre a Samaria e a Galileia. 
Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, 
gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» 
Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. 
Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; 
caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. 
Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? 
Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» 
E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.» 




Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Basílio c. 330-379), monge, bispo de Cesareia na Capadócia, doutor da Igreja
Regras Monásticas, Regras Maiores, § 2 
«Onde estão os outros nove?»

Depois de termos ofendido o nosso benfeitor mostrando indiferença pelos sinais da sua benevolência, não fomos contudo abandonados pela bondade do Senhor nem cerceados do seu amor; antes fomos subtraídos à morte e devolvidos à vida por Nosso Senhor Jesus Cristo. E a maneira como fomos salvos é digna de uma admiração maior ainda. «Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2,6-7).


Ele tomou para Si as nossas fragilidades, carregou as nossas dores, morreu por nós a fim de, com suas chagas, nos salvar; resgatou-nos da maldição ao fazer-Se maldição por nós (Is 53, 4-5; Gal 3,13); sofreu a mais infamante das mortes para nos conduzir à vida da glória. E não Lhe bastou devolver à vida os que estavam na morte: revestiu-os da dignidade divina e preparou-lhes no repouso eterno uma felicidade que ultrapassa toda a imaginação humana.


Como retribuiremos pois ao Senhor tudo o que Ele nos deu? Ele é tão bom, que nada pede em compensação por suas graças; contenta-Se em ser amado.

Meditação:

        Irmãos, encontramos hoje novamente o evangelho do XXVIII domingo, mais uma vez Cristo nos questiona sobre a oração de louvor e ação de grassas ao Senhor, muitas vezes esquecida, sabemos pedir, e como pedimos irmãos, mas quantos de nós oram em louvor pelas garças concedidas? Pelo dom da Vida? Pelo facto de acordamos de manhã? Quantos de nós damos graças ao senhor?

        A nós cursistas nos é pedido intendência, oração de sacrifício por um bem coletivo ou por uma Graça, mas quantas vezes no dirigimos ao Sacrário em louvor, em agradecimento pela graça concedida?

        “Dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância,
gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!»   Também eles buscam na sua inquietude ao nosso Mestre, então cabemos a nós indicar esse caminho aos nossos irmãos, que mesmo não sabendo que o procuram, se encontrão inquietos na busca de um ideal que não sabem descrever, na busca da Paz e Felicidade proporcionada pelo Amor e conhecimento de Cristo, pela sua aceitação como fiel de vida cristã.

        Frases como, “ não tenhais medo”, “não tenhais vergonha” ou ainda “ide e anunciar o Amor de Cristo” devem ser um dos nossos lemas de vida, somos apóstolos evangelizadores, pelo exemplo, pelo modo de vida, pela modificação dos nossos ambientes. Cabe-nos a nós agir, não ficar parados, não podemos esperar que outros o façam por nós.

        Que nunca nos seja dirigida esta frase, «Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro», pois se pode contar connosco deve poder contar sempre, principalmente nos nossos bons momentos…

Um abraço,
     A. Alberto Sousa

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