quinta-feira, 21 de novembro de 2013

​​Evangelho segundo S. Lucas 19,41-44.


Naquele tempo, quando Jesus Se aproximou de Jerusalém, ao ver a cidade, chorou sobre ela e disse:
«Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos.
Virão dias para ti, em que os teus inimigos te hão-de cercar de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados;
hão-de esmagar-te contra o solo, assim como aos teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada.» 





Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 



Comentário do dia: 

Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978 
Exortação apostólica sobre a alegria cristã «Gaudete in Domino» 


«Mas agora isto está oculto aos teus olhos»


É realmente evidente, cidade santa alguma, aqui na Terra, constituirá o termo da nossa peregrinação no tempo. Tal termo fica oculto para lá deste mundo, no coração do mistério de Deus, para nós ainda invisível; porque é na fé que caminhamos, não na visão clara, e o que seremos não foi ainda manifestado (1Jo 3,2). A nova Jerusalém, da qual somos até ao presente cidadãos e filhos, é do alto que desce (Gal 4,26), de junto de Deus (Ap 21,2). Desta cidade, a única cidade definitiva, não contemplámos ainda o esplendor, vislumbrámo-lo apenas como num espelho, de maneira confusa (1Cor 13,12), mantendo firmes as palavras proféticas. Mas, já no presente, somos seus cidadãos ou convidados a sê-lo: é deste último destino que toda a peregrinação espiritual recebe o seu sentido interior.


Assim era a Jerusalém celebrada pelos salmistas. Subindo a Jerusalém, o próprio Jesus e Maria, sua mãe, cantaram na Terra os cânticos de Sião: «Beleza perfeita, jóia de toda a terra» (Sl 49,2 ; Sl 47,3). Mas doravante é por causa de Cristo que a Jerusalém do alto nos atrai, é para Ele que caminhamos num caminho interior.

Meditação:

​Irmãos(ãs), o evangelho de hoje espelha bem a árdua tarefa que nos é solicitada, mas que tarefa é essa? Antes de mais uma tradução da mensagem que nos é transmitida por este evangelho, se no texto substituirmos a palavra Jerusalém por família, e voltar-mos a ler o evangelho perceberão o que São Lucas nos transmite, neste tempo em que a instituição familiar é atacada por todas as direcções, inclusive pelo seu interior, é nossa tarefa levar cristo a visitar outras famílias, e abrir-lhe os olhos, a mostrar o verdadeiro Amor de Deus á mais pequena forma de igreja.

É assim que nos é pedido o "ide e evangelizai, abri os olhos aos outros, mostrai pelo exemplo", “Vede como se amam, como Deus os Ama”, pois se a Sociedade se encontra doente, é pela família de devemos começar o tratamento, como diz S. Lucas “Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos.” O conhecimento existe adormecido no seio da família, a semente encontra-se lá, cabe-nos a nós cristãos, regar, cuidar, arrancar as ervas daninhas que impedem essa semente de germinar. Tudo isto para o qual vos desperto pode ser encontrado na Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa-A propósito da ideologia do género. 


​Um abraço,



A. Alberto Sousa​

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