terça-feira, 9 de julho de 2013

Evangelho segundo S. Mateus 9,32-38.



Naquele tempo,  apresentaram a Jesus um mudo, possesso do demónio.
Depois que o demónio foi expulso, o mudo falou; e a multidão, admirada, dizia: «Nunca se viu tal coisa em Israel.»
Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios.»
Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor.
Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Invisible Presence of Christ», «Sermons on Subjects of the Day», n°21


«Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor»


Olhai em volta, meus irmãos […]: porque há tantas mudanças e lutas, tantos partidos e seitas, tantos credos? Porque os homens estão insatisfeitos e inquietos. E porque estão eles inquietos, cada um com o seu salmo, a sua doutrina, a sua língua, a sua revelação, a sua interpretação? Estão inquietos porque não encontraram […]; tudo isso ainda não os levou à presença de Cristo que é «alegria e delícias eternas» (cf Sl 16,11).


Se tivessem sido alimentados pelo pão da vida (Jo 6,35) e provado do favo de mel, os seus olhos ter-se-iam tornado limpos, como os de Jónatas (1Sm 14,27) e teriam reconhecido o Salvador dos homens. Mas, não se tendo apercebido destas coisas invisíveis, têm de continuar a procurar e estão à mercê de rumores longínquos. […]


Triste espectáculo: o povo de Cristo errando pelas colinas «como ovelhas sem pastor». Em vez de procurarem nos lugares que Ele sempre frequentou e na morada que Ele estabeleceu, avêm-se com projetos humanos, seguem guias estranhos e deixam-se cativar por opiniões novas, tornando-se joguetes do acaso e do humor do momento, e vítimas da sua própria vontade. Estão cheios de ansiedade, de perplexidade, de inveja e de preocupações, e são agitados e «levados por qualquer vento da doutrina, pela malícia dos homens e a sua astúcia, a extraviarem-se no erro» (Ef 4,14). Tudo isso porque não procuram «um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; um só Deus e Pai de todos» (Ef 4,5-6) para nele encontrarem «descanso para o espírito» (Mt 11,29).

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