terça-feira, 2 de julho de 2013

Publicações disponiveis


Revista Peregrino Nº 54 de junho de 2013




Revista o Mastro de Junho de 2013 para Download

Evangelho segundo S. Mateus 8,23-27.


Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n'O.
Levantou-se, então, no mar, uma tempestade tão violenta, que as ondas cobriam o barco; entretanto, Jesus dormia.
Aproximando-se dele, os discípulos despertaram-no, dizendo-lhe: «Senhor, salva-nos, que perecemos!»
Disse-lhes Ele: «Porque temeis, homens de pouca fé?» Então, levantando-se, falou imperiosamente aos ventos e ao mar, e sobreveio uma grande calma.
Os homens, admirados, diziam: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?» 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 





Comentário do dia: 

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara 
Meditação «Oito dias em Efrém», a tempestade acalmada 


«Porque temeis?»

Meus filhos, seja o que for que vos aconteça, lembrai-vos de que Eu estou sempre convosco. Lembrai-vos de que, visível ou invisível, parecendo agir ou parecendo dormir e esquecer-vos, Eu velo sempre, estou em toda a parte e sou omnipotente. Nunca tenhais medo, nem preocupações: Eu estou presente, Eu velo, Eu amo-vos. […] Eu sou todo-poderoso. Que mais quereis? […] Lembrai-vos das tempestades que acalmei com uma palavra, transformando-as numa grande calmaria. Lembrai-vos da maneira como sustive Pedro quando caminhava sobre as águas (cf Mt 14,28ss). Estou sempre tão perto de cada homem como estou agora de vós. […] Tende confiança, fé, coragem; não vos inquieteis com o vosso corpo nem com a vossa alma (cf Mt 6,25), uma vez que Eu estou presente, sou omnipotente e vos amo.


Mas […] que a vossa confiança não nasça da negligência, da ignorância dos perigos, nem da confiança em vós mesmos ou noutras criaturas. […] Os perigos que correis são iminentes: os demónios, inimigos fortes e manhosos, a vossa natureza, o mundo, fazem-vos continuamente uma oposição encarniçada. […] Nesta vida, a tempestade é quase contínua e a vossa barca está sempre prestes a soçobrar. Mas Eu estou presente e comigo ela é insubmersível. Desconfiai de tudo e sobretudo de vós mesmos, mas tende em Mim uma confiança total, capaz de banir toda a inquietação.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Evangelho segundo S. Mateus 8,18-22.


Naquele tempo, vendo Jesus em torno de si uma grande multidão, decidiu passar à outra margem.
Saiu-lhe ao encontro um doutor da Lei, que lhe disse: «Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.»
Respondeu-lhe Jesus: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
Um dos discípulos disse-lhe: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.»
Jesus, porém, respondeu-lhe: «Segue-me e deixa os mortos sepultar os seus mortos.» 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 








Comentário do dia: 

Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo, doutor da Igreja 
Discurso para a novena de Natal, n°8 


«O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»

Certamente, há na terra príncipes compadecidos para quem é uma alegria consagrar os tesouros que têm à ajuda dos pobres; mas alguma vez vimos um rei que, para ajudar os pobres, tenha adoptado a sua condição de pobreza como fez Jesus Cristo? Conta-se como sendo um prodígio de caridade que o rei Santo Eduardo, tendo encontrado no caminho um mendigo paralítico e desprezado por todos, o tomou afectuosamente aos ombros e o deixou na igreja. Claro que esse gesto foi de grande de caridade, sensibilizou os povos e os encheu de admiração; mas, depois deste acto, Santo Eduardo não abandonou nem a realeza nem as riquezas que possuía.


Pelo contrário, Jesus, Rei do céu e da terra, não Se contenta, para salvar o homem, sua ovelha perdida, em descer do céu à procura dela nem em pô-la aos ombros (Lc 15,5): não hesita em Se despojar da sua majestade, das suas riquezas e das suas honrarias. Faz-Se pobre […], o mais pobre de todos os homens. São Pedro Damião diz que Ele esconde a sua púrpura, quer dizer, a sua majestade divina, sob a aparência de um pobre operário. São Gregório Nazianzeno escreve: «Aquele que dá aos ricos as suas riquezas escolheu para Si mesmo a pobreza, a fim de nos alcançar, pelos seus méritos, não os bens miseráveis e perecíveis da terra, mas os bens celestes que são imensos e eternos.» O seu exemplo convida-nos a desapegarmo-nos das riquezas deste mundo, que nos colocam em perigo de nos perdermos para sempre (cf Mc 10,23).

Calendario